terça-feira, 26 de junho de 2012

pensamento meu (:

Olhar,
Olho pra ti e vejo o amor,
Amor no olhar,
Porque eu amo te olhar e você vê,
O quanto meu olhar te fala,
Te fala de amor,
Amor de olhar.

simples conto, parte 10

O vento soprou... Ela, deixando-se levar, cabelos esvoaçantes, ondas de sentimentos, novamente a madrugada houvera sido longa, mas ela, havia se permitido sonhar, sonhar acordada, 2:35 A.M, fecha os olhos, aparentemente apenas duas horas se passaram, duas horas onde, na escuridão de um quarto, olhos brilhavam tanto que chegariam a iluminar alguém que chegasse, mas ninguém chegaria, ninguém além dela saberia o que sentia naquele coração, que a cada pulsar, esperava uma mudança, interior e exterior, mudança que ela, jamais conseguira sozinha.
mudança que começara a acontecer depois da volta às aulas. mudança que começara a partir daqueles olhos, aqueles profundos olhos mel, que mudara a existência pouco notada, da pequena garota. Então decidiu arriscar a sorrir, sorrir sempre que aqueles olhos pousassem nela.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

simples conto, parte 9.

Hora de partir, ela não sabia se desejava ter o visto naquele momento, mas foi uma visão agradável a ela, ele, com aqueles olhos, voltados à um livro, o qual ela não sabia do que se tratava, mas, era quase uma visão perfeita, acabou imaginando-o lendo poemas para ela.
até que depois de despedir-se da bibliotecária e dela, ele se foi, ela saiu logo atrás, deixando de lado o livro que havia reservado, até na frente da faculdade, o acompanhara com o olhar, até que o ônibus que pegaria pra ir para casa passou, e, se não o pegasse, chegaria estupidamente tarde e sem razão em casa, decidiu subir.
Ele voltou o olhar, buscando encontra-la ainda em frente a faculdade, mas ela já não estava ali.
Ele desejou desvenda-la. A partir de então, passaria a observa-la mais vezes.
E ela... Ela sentia que a reviravolta no seu mundo estava a um passo de acontecer. Devia deixar-se levar? Agora, essa era a sua única duvida.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

simples conto, parte 8.

Pensou. Se voltasse a sorrir? Poderia ser que fosse bom, mas, não tinha certeza. Ela poderia jurar que depois daquele sorriso, mesmo que forçado, um raio de luz havia entrado em sua vida.
Hora de ir embora, mas ela ficaria mais um pouco dentro da sala, rabiscando. Queria que passasse um tempo, para não correr o risco de encontra-lo novamente, ainda não sabia como agir. Apenas, não queria mais tanta emoção naquela noite. Mas, nada acontece, por escolha nossa, Deus colocou Seu dedo, e, quando ela acreditou que não havia mais uma alma vivente, naquela faculdade, saiu. De nada adiantou, quando passou pela biblioteca, para buscar um livro que havia reservado, lá estava ele.
Aquele sorriso estonteante a consumiu de novo e ela desviou o olhar, ele aproximou-se.
 - Oi, novamente, princesa.
 - Oi. falou ela, seca. (Por fora, dentro explodiam borboletas no seu estômago)
Queria liberar aquelas borboletas, mas tinha medo. Então apenas o olhou e sorriu.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

simples conto, parte 7.


E enfim, a ficha caiu. Uma onda de medo a sondou. Não queria se apaixonar, não devia se apaixonar, afinal vivera sempre só até então, ela seus pensamentos, seu all star velho e rasgado... Seu anseio de que tudo mudasse.
Pensativo, ele a olhou e tentou continuar um diálogo, mas ela apressa-se, entra na sala, seguida por sua professora. A pequena estudante de jornalismo, fugiu, pela primeira vez. Fugiu, mas quis ficar.
Jamais havia sentido-se daquela forma, queria continuar olhando aqueles olhos, queria continuar sentindo aquele aroma suave e maravilhoso. Deus sabe, quanto desejava e quanto a ela era maravilhoso.
Mas estava insegura, tão insegura que não ouvira a professora tentando fazer contato com ela. Todos a olhavam, e ela, sem graça desculpou-se. Um milhão de pensamentos a sondara, mas ela não podia expressa-los a ninguém, até então, era somente ela e, senão a Deus, a quem ela poderia contar?
Mas sentia-se feliz, por, na primeira vez, em seus 19 anos, ter sentido-se viva.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

simples conto, parte 6.

passa mais um dia, é chegada a hora de enfrentar novamente o mundo. faculdade.
tenta chegar discreta, mas anseia que alguém a veja. veste uma camiseta básica, uma calça jeans escura, e lá se vai.
sozinha... sendo acompanhada somente por alguns olhares, rapazes a tentam desvendar, garotas simplesmente ignoram a sua existência. e ela prossegue. cabeça baixa, olhos como de costume, bem escurecidos. acaba não percebendo o quanto o ambiente está ocupado naquele início de semestre, apenas vê pés, não olha ninguém nos olhos, quando, então, por alguma razão sente algo diferente, um cheiro absolutamente maravilhoso a sonda. ela é forçada a levantar a cabeça, "Oi!" ele diz. ela não acredita que ouviu-o dizer isso, principalmente direcionado a ela, olha-o nos olhos e percebe o quanto são belos, de perto, esconde o medo e sorri. não crê que esta pode ser uma boa hora pra sentir-se daquela forma, não crê que pode não ser ilusão.
alguém a notou e o frasco onde ela escondia o coração fora aberto. ela não estava mais sozinha no mundo. alguém havia a trazido à tona. ela não sabia se sentia-se bem ou mal por isso. não sabia... não pensava... não era ela por um instante.

sábado, 9 de junho de 2012

simples conto, parte 5.

cada vez mais a dúvida a corroía, e ela... ela se deixava levar mais e mais a cada instante por aquela estranha sensação. já o tinha visto antes, já tinha esbarrado com ele em algum lugar, mas não sabia desde quando ele ficara tão atraente aos olhos, não sabia nem quem ele era e não sabia porque estava arrebatada com a simples passagem dele.
tentou relevar mas, seus olhos chamavam os dele assim como alguém que sente muito frio precisa de calor.
olhava pro céu pedindo que ele voltasse, que ele a tivesse notado, mas no fundo achava que seria impossível atrai-lo de alguma forma.
não sabia o poder que tinha, não se achava atraente, se achava magra demais, acreditava que seria ela, sozinha por todo o sempre, mas só achava.
nunca tivera certeza de nada.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

simples conto, parte 4.


Enquanto espera que a vejam, ela vai sobrevivendo. Enquanto espera, a vida continua. Ela segue aparentemente inabalável, ninguém se aproxima. Já faz um mês desde o ultimo contato com o mundo. Afinal, é pra isso que servem férias, pensa ela. Decide sair, precisa de algo, mas nem ela mesma sabe o que é. Uma volta, e ela vai tentando descobrir.
Pega o velho casaco preto, escurece os olhos e se vai, à procura de algo que não sabe. Mas ainda assim, espera encontra-lo. Vira a esquina, até que um brilho diferente chama a sua atenção, ela o olha e baixa a cabeça, ele a observa com um singelo sorriso, ela pensa, é o fim.
Uma sensação arrebatadora a toma, e ela tenta esboçar um pequeno sorriso, de grande dúvida.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

amor.

amor é como uma droga,
se nunca provou, você não sabe o que lhe espera.
uma vez que prova, não dá pra se libertar,
ela consome-te cada vez mais,
e quanto mais se ama, mais se quer amar.

terça-feira, 5 de junho de 2012

simples conto, parte 3.


fica a tarde toda em casa, sozinha, nada pra fazer, além de pensar na vida, resolve ler alguma coisa, meditar,
pega uma pequena bíblia e até começa, mas cai no sono novamente... ela acorda, em cima da hora da aula, e lá se vai, a pequena, apressada e com o rosto inchado. nada de novo na aula, somente dificuldades.
é tarde, 21:30. Nada de novo aconteceu, hora de ir pra casa novamente.
sai da faculdade, e a novidade do dia, chuva. ela deixa-se levar, sai na chuva mesmo, enquanto a observam,
tomando-a como louca, gritam dizendo que ela vai adoecer, mas não sabem que a doença dela está na alma, e ela...
ela só quer uma bifurcação. uma novidade na vida. ela só quer ser notada, não como a adolescente estranha e irresponsável, mas como alguém que tem sentimentos, notada da forma que ninguém a vê. notada da forma que ela realmente é.

domingo, 3 de junho de 2012

simples conto, parte 2.


Abre os olhos, o dia já nasceu. As horas passaram rápido depois que ela dormiu, porém durante a noite, enquanto chorava, parecia que o tempo não andava, e ela, sozinha sofria. Não tinha o seu all star, nem o seu amor, nem a felicidade, não tinha nada, nada além da escuridão nos olhos. Sabia que teria de sobreviver novamente, a mais um dia sem razão. Mais um dia que ela não desejava, mais um dia igual. Levantou, olhos inchados, seus cabelos negros estavam embaraçados, mas não tanto quanto sua cabeça, pensava em nada e em tudo. Ela queria caminhar olhando pro céu e não cair, ela queria gritar pra ver se alguém a notava, mas não havia ninguém além de Deus. Ninguém.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

simples conto, parte 1.



Na verdade, ela só queria ter paz. Um pouco de amor por consequência e um all star vermelho. Buscava motivos pra se afastar, olhava distante, era tão ausente, pensava diferente, tinha medo, sentia-se carente. Ela não podia se deixar levar por nenhum sentimento, sua solidão era a única companhia, se afastava e escurecia mais e mais os seus olhos. Não podia sair daquele estado, não havia quem a queria bem, ela simplesmente acarretava aquela situação e tinha o seu pesar. Sofria, mas dizia, quem nunca sofreu, caia, mas sempre sozinha se reerguia e não sabia como isso aconteceu, nunca soube, mas sempre houve um Deus que estava bem pertinho dela, quando ela estava distante de todos, no seu “Stonehenge” ela sentia-se inabalável mas sempre caiam-lhe lágrimas aos olhos e escorriam sofridas pelo seu rosto até pingarem solitárias em seu lençol azul. Sobrevivia.